A série que é disparada a melhor série do streaming da Disney e talvez de todas as plataformas, bem que poderia carregar esse título, mas também poderia ser o Mandaloriano sem nome, pois há enormes referências aos Spaghetti Western.
A primeira sequência no episódio um, emula uma sequência de Por um Punhado de Dólares, filme Dirigido por Sergio Leone, protagonizado por Clint Eastwood e Lee Van Cleef. A atmosfera western se estende até o momento em que Mando, encontra “A criança”. A partir desse ponto, a série abraça de vez o mangá e até mesmo a série de filmes Lone Wolf and Cub de 1970, estrelada por Tomisaburo Wakayama.
Lone Wolf and Cub – Lobo Solitario no Brasil – apresenta Itto Ogami, um Ronin, ex-executor do governo – Samurai incumbido de decapitar os condenados – que busca vingança, ao lado do filho Daigoro, contra o Clã Yagyu. Itto Ogami embarca numa jornada pelo Japão feudal, oferecendo seus serviços de Ronin, como assassino, guarda-costas ou até mesmo como negociador entre Daimyos. No mangá, assim como na série The Mandalorian, a reputação do protagonista se espalha por todo a parte, todos o reconhecem assim que colocam os olhos, mesmo que nunca o tenham visto antes. Itto Ogami, tem seus momentos heroicos, mas também seus momentos questionáveis, com Mando não é diferente, afinal, ele é um caçador de recompensas, num mundo difícil e perigoso.
Diferente de The Mandalorian, ao menos até o momento, Itto Ogami, está sendo caçado e sempre é confrontado, por algum shinobi Yagyu, ou algum samurai do clã, geralmente possuir de habilidades incomparáveis, porem, Itto Ogami se utiliza de psicologia e outros artifícios para vencer seus inimigos. Com exceção de Moff Gideon, antagonista de Mando, não surgiram outros inimigos a altura do protagonista, com exceção de monstros aleatórios, isso não desqualifica a série, mas deixa possibilidades a serem exploradas no futuro.
Moff Gideon pode ser uma versão espacial de Retsudo Yagyu, líder do clã Yagyu em Lobo Solitário, com tantas referencias, é possível que a questão entre o protagonista e o vilão se torne uma briga pessoal.
Os vários momentos em que Mando caminha por desertos, conduzindo o “carrinho” de Baby Yoda, são uma clara referência à Lobo Solitário. Os dilemas morais, também estão presentes em ambas produções.
Não é permitido esquecer das referências a Akira Kurosawa, celebre diretor Japonês, que é homenageado em The Mandalorian no episódio seis da primeira temporada, no melhor estilo Sete Samurais, onde só faltou a chuva para deixar tudo idêntico. Foi uma sequência repetida a exaustão em outras produções, mas que em The Mandalorian serviu como uma luva à jornada do personagem.
A temporada 2 estreou em 30 de outubro e os episódios estão sendo liberados semanalmente, mas é de se esperar surpresas.
Com o avanço das temporadas, mais o protagonista mergulhara na origem da primeira ordem, apresentada no última trilogia de Star Wars, porem esperamos que não transformem Mando no coadjuvante de sua própria série. Como aconteceu na série Gotham, onde por razões comerciais, transformaram o programa numa série de origem do Batman.
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